Delfim Neto - Ministro nas gestões Costa e Silva, Médici e Figueiredo. Aquele que assinou o AI-5...AI-5 aquela lei que assassinou milhares de brasileiros. Ele assinou ela assassinou! Aquele que assina apóia aquele que mudou de lado! Famoso transformismo que o Gramsci tanto fala...
terça-feira, 29 de abril de 2008
Frase da semana
Delfim Neto - Ministro nas gestões Costa e Silva, Médici e Figueiredo. Aquele que assinou o AI-5...AI-5 aquela lei que assassinou milhares de brasileiros. Ele assinou ela assassinou! Aquele que assina apóia aquele que mudou de lado! Famoso transformismo que o Gramsci tanto fala...
sábado, 26 de abril de 2008
Grândola Vila Morena
Grândola vila morena foi composta como homenagem à "Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense", onde no dia 17 de Maio de 1964, José Afonso fez uma atuação. É nessa atuação que o cantor conhece o guitarrista Carlos Paredes, ficando impressionado com "o que esse bicho faz da guitarra!" (expressão do próprio José Afonso numa carta aos pais).
José Afonso fica também impressionado com a coletividade: um "local obscuro, quase sem estruturas nenhumas, com uma biblioteca com claros objetivos revolucionários, uma disciplina generalizada e aceite entre todos os membros, o que revelava já uma grande consciência e maturidade políticas".
Esta canção tornar-se-á famosa ao ser escolhida como senha para a revolução do 25 de Abril. Houve duas senhas. A primeira, às 23h, foi a música "E depois do adeus", de Paulo de Carvalho. Grândola, que foi a segunda, passou no programa "Limite" da Rádio Renascença às 0.20h do dia 25. Foi o sinal para o arranque das tropas mais afastadas de Lisboa e a confirmação de que a revolução ganhava terreno.
"Vivi o 25 de Abril numa espécie de deslumbramento. Fui para o Carmo, andei por aí... Estava de tal modo entusiasmado com o fenómeno político que nem me apercebi bem, ou não dei importância a isso de Grândola. Só mais tarde, com o 28 de Setembro, o 11 de Março, quando recomeçaram os ataques fascistas e a Grândola era cantada nos momentos de maior perigo ou entusiasmo, me apercebi bem de tudo o que ela significava - e, naturalmente, tive uma certa satisfação".
Fonte: http://www.citi.pt/
As Portas que Abril abriu - José Carlos Ary dos Santos
Era uma vez um país onde entre o mar e a guerra vivia o mais infeliz dos povos à beira-terra.
Onde entre vinhas sobredos vales socalcos searas serras atalhos veredas lezírias e praias claras um povo se debruçava como um vime de tristeza sobre um rio onde mirava a sua própria pobreza.
Era uma vez um país onde o pão era contado onde quem tinha a raiz tinha o fruto arrecadado onde quem tinha o dinheiro tinha o operário algemado onde suava o ceifeiro que dormia com o gado onde tossia o mineiro em Aljustrel ajustado onde morria primeiro quem nascia desgraçado.
Foi então que o povo armado percebeu qual a razão porque o povo despojado lhe punha as armas na mão.
Capitão que não comanda não pode ficar calado é o povo que lhe manda ser capitão revoltado é o povo que lhe diz que não ceda e não hesite– pode nascer um país do ventre duma chaimite.
Disse a primeira palavra na madrugada serena um poeta que cantava o povo é quem mais ordena.
Dizia soldado amigo meu camarada e irmão este povo está contigo nascemos do mesmo chão trazemos a mesma chama temos a mesma ração dormimos na mesma cama comendo do mesmo pão.
Foi esta força sem tiros de antes quebrar que torcer esta ausência de suspiros esta fúria de viver este mar de vozes livres sempre a crescer a crescer que das espingardas fez livros para aprendermos a ler que dos canhões fez enxadas para lavrarmos a terra e das balas disparadas apenas o fim da guerra.
Mesmo que tenha passado às vezes por mãos estranhas o poder que ali foi dado saiu das nossas entranhas.
Mas eram olhos as balas abraços punhais e lanças enamoradas as alas dos soldados e crianças.
Contra tudo o que era velho levantado como um punho em Maio surgiu vermelho o cravo do mês de Junho.
Ali ficámos de pé juntos soldados e povo para mostrarmos como é que se faz um país novo.
Fugiram como cobardes e para terras de Espanha os que faziam alardes dos combates em campanha.
Foi este lado da história que os capitães descobriram que ficará na memória das naus que de Abril partiram das naves que transportaram o nosso abraço profundo aos povos que agora deram novos países ao mundo.
pensar que somos um mar que nunca mais tem fronteiras e havemos de navegar de muitíssimas maneiras.
Ouvi banqueiros fascistas agiotas do lazer latifundiários machistas balofos verbos de encher e outras coisas em istas que não cabe dizer aqui que aos capitães progressistas o povo deu o poder!
Lisboa, Julho-Agosto de 1975
quarta-feira, 16 de abril de 2008
terça-feira, 15 de abril de 2008
Tenho medo da Fúria !
fúria
DataçãosXV cf. FichIVPM
A semelhança não é mera coincidência!
Obra da artista austríaca Deborah Sengl (ver:http://www.deborahsengl.com/index.php?id=397 ) participa da exposição "Sobre Ovelhas e Lobos", Berlim.
domingo, 13 de abril de 2008
Uma pessoa que ama mais um irmão do que um salário!
Um marxista buarquista do terreiro dos comunistas macunaíma, na linha dos materialistas caboclinhos que não se entregaram ao pós qualquer coisa. Latino americano até os ossos, frequentador dos botequins, quebradas e favelas onde habita samba . Amigo dos subversivos, dos maltrapilhos, maltratados, vermelhos , artistas, músicos e cineastas malditos...Dos poetas das esquinas e ocupações. Palmeirense nato: herança do anarco sindicalismo italiano em meu sangue..Tom Maior a escola com as cores de nossa luta (vermelho e amarela) faz residência em meu coração... Apaixonado pela Heleninha! Amo os meus irmãos! Adoro meus amigos!!Carinho todo especial pela nona Gigia!
sexta-feira, 11 de abril de 2008
Polêmicas em torno da indenização de Ziraldo e Jaguar II
Apoiar as indenizações recebidas por Ziraldo e seus amiguinhos perseguidos pela ditadura não se trata, simplesmente, de uma questão moral subjetiva, em outras palavras, não é meramente uma questão de apoiar a partir de princípios éticos e morais de minha individualidade, esta questão está distante de uma construção cognitiva pró ou contra a indenização aos perseguidos. Em primeira e última instância defender as indenizações é o princípio da defesa do Estado de Direito, ou seja, por força do disposto no art. 37, parágrafo 6° da nossa Constituição Federal, o ato ilegal praticado por servidores públicos que, ao invés de agirem "como garantidores dos direitos individuais e coletivos, partindo para a atitude de coatores ou de qualquer outro modo infringindo a obrigação que lhes é conferida", é de responsabilidade do Estado, que deve indenizar os danos causados por abuso de autoridade. Retomando a linha do primeiro texto ( Polêmicas em torno da indenização de Ziraldo e Jaguar: Você deve alguma coisa para o Ziraldo ou para o Jaguar? ), realmente acho polêmico a quantia exagerada, não a indenização em si. Nossos princípios constitucionais garantem a qualquer brasileiro o direito de indenização em caso de qualquer dano moral promovido pelo Estado. O polêmico da questão: o quantum? Como calcular em escala monetária os diversos tipos de danos morais que o cidadão está exposto? Quanto vale a honra? Quanto vale a liberdade? Quanto vale a saúde? Quanto vale a integridade psicológica? Quanto vale sofrer humilhação?
Helena, em seu texto (ver aqui: http://semantolhos.blogspot.com/), você questiona se este “quanto vale” deve ser transformado em benefício pecuniário e, de forma clara e objetiva, você avalia que não. Em seguida, compara com a situação carcerária brasileira e, a partir do descaso público, faz a seguinte questão: “...O pobre “filho da classe trabalhadora” (eita discurso antigo...) pode ficar em celas lotadas injustamente não receber um barão por isso. Mas a esquerda rica, que ganha uma grana preta com seus trabalhos intelectuais muitas vezes de pouco valor, pode ganhar. Quem está fazendo o tal “corte de classe”?...”
Lógico que este texto, e o autor do libelo, defendem com mais ânimo e muito mais afinco o direito de indenização de Angélica aparecida de Sousa, 18 anos, empregada doméstica, acusada de ter furtado um pote de manteiga e, o pior, teve o pedido de liberdade provisória negado.
Veja bem, quando comparei com a questão do Proer (bolsa banqueiro) foi por tentar tirar o debate do campo jurídico e levá-lo para um espaço onde um economista pudesse debater, por exemplo, com uma jornalista. E por ter uma formação de economista - no balancete das contas nacionais - sei que tanto o Proer quanto a indenização de Ziraldo aparecem como uma rubrica, nada mais que uma rubrica, um mero e simples gasto dos cofres públicos seguindo o ordenamento jurídico e os programas de política pública do Estado. E a minha questão foi, sem olhar para os valores de ambos, quem moralmente merece mais? Os perseguidos políticos ou os banqueiros? Uma simples pergunta(com corte de classe).
Minha comparação foi um recurso discursivo, posso ter sido infeliz em utilizá-lo, mas ainda assim, com o intuito de somar na defesa incondicional do Estado de Direito e do aprofundamento da democracia.
Em seguida, aponto que as reparações, as comissões de desaparecidos e etc; não são ações de nostálgicos seres que vivem do passado, mas seres que lembram até hoje as dores da ditadura.Seres que insistem em descobrir o véu cinzento de nossa história, estaremos fadados a não ter futuro enquanto não resolvermos nossas questões históricas. O golpe contra o presidente Goulart foi um crime contra milhões de brasileiros, foi, antes de tudo, um golpe contra um processo social que promoveria profundas mudanças no Brasil. Denunciar institucionalmente ou, mesmo, fora do marco das instituições é um dever de qualquer um que tenha consciência do significado histórico e social do desenvolvimento interrompido promovido pelas forças armadas.
OBS.: Em relação aos comentários sobre a dívida histórica com a África e sobre as FARC-EP deixarei para outra hora, afinal de contas tentarei evitar misturar alhos com bugalhos.
quarta-feira, 9 de abril de 2008
Polêmicas em torno da indenização de Ziraldo e Jaguar:Você deve alguma coisa para o Ziraldo ou para o Jaguar?
Tentarei responder esta pergunta. Antes de tudo, é bom esclarecermos que existem as vítimas diretas e indiretas do criminoso golpe de 1964. As indiretas são milhões de homens e mulheres, filhos do povo trabalhador do Brasil, aqueles que amargaram o gosto do desenvolvimento interrompido. Os brasileiros privados da reforma agrária, privados de uma reforma tributária que reorganizasse a distribuição de renda no Brasil e etc. Do outro lado, as vítimas diretas, pessoas decididas a denunciar o pacto das grandes elites do Brasil com o imperialismo, estes sofreram inúmeras perseguições, insegurança constante, instabilidade em empregos, esta a melhor hipótese, ou aqueles que foram vítimas de crimes hediondos: tortura e exílio.
Acho que podemos separar aquela pergunta em duas, ou seja, a primeira: É legítima uma indenização? A segunda: A quantia recebida é justa ou exagerada? Respondendo a primeira pergunta, não tenho a menor dúvida de que o Estado brasileiro possui a obrigação de reparar crimes cometidos pelo próprio Estado, logo, acho justa e legítima as indenizações pagas aos perseguidos pelo regime militar. Quanto à segunda pergunta, realmente fico na dúvida, a priori, não tenho uma posição, me dou o direito da dúvida.
Porém, a própria história recente do Brasil justifica e de alguma maneira torna mais aceitável a indenização para aqueles que gostam de lavar as mãos e, perguntar, Você deve alguma coisa para o Ziraldo ou para o Jaguar? Sigo esta linha de raciocínio para chegar até o Proer (Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do sistema financeiro Nacional), em outras palavras, Bolsa Banqueiro mal sucedido em especulação, ironia á parte e, com corte de classe. Vejam só, de 1995 até 2000 o governo federal repassou algo em torno de R$ 30 (trinta) bilhões de reais aos banqueiros, em preços de 1995, na época representou 2,5% de nosso PIB.
Vamos imaginar um cenário em que ás três mil vítimas diretas da ditadura ganhassem uma indenização semelhante, em outras palavras, o governo brasileiro desembolsaria dos cofres públicos R$ 3 bilhões de reais, em preço de 2008. Se compararmos as quantias, mesmo sem colocarmos na mesma base de preço, ainda assim o Proer significaria dez vezes mais do que as justas indenizações na forma – repito – duvidosas no valor. Mas ainda assim, justas!
Meus amigos, agora eu pergunto: A quem o Brasil deve? Quem fez mais pelo Brasil, o Banco Pontual, Bamerindus ou os bravos e destacados brasileiros que deram o melhor de sua vida por um Brasil justo, livre e soberano?
sábado, 5 de abril de 2008
Democracia institucional: A piada da dominação! Eduardo Galeano!!
quinta-feira, 3 de abril de 2008
terça-feira, 1 de abril de 2008
A saída adotada pelo governo bush na crise dos Estados unidos: mais do mesmo!
Qual o significado da nova reforma? De antemão podemos identificar uma reforma no marco regulatório, pautada por uma avaliação que os atuais mecanismos de regulação da economia norte-americana são extemporâneos e pouco eficientes para o atual nível de desenvolvimento do setor financeiro. Criou-se um Fed com maior força para regular as finanças, em especial as seguradoras e a estabilidade das instituições, mas por outro lado foi reforçado a autonomia do Banco central. Por fim, o todo poderoso deus saturno(mercado) ganhará maior espaço, os economistas neo-clássicos e sua "fé" metafísica na mão invísivel. Parece piada, mas é mais do mesmo!!!