terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Para quando falarmos das guerras

Para quando falarmos das guerras


Alipio Freire

São Paulo, 3 de janeiro de 2009





Quando falarmos das guerras

sejamos contidos



A simples emoção só ampliará os conflitos.





Quando falarmos das guerras

baixemos o tom



milhões de filhos de trabalhadores e do povo morrem nas trincheiras

por causas que não são suas.





Quando falarmos das guerras

falemos com recato



Para não acordarmos os meninos que dormem

nas frentes de batalha.



Respeitemos seu último sono.





Quando falarmos das guerras

falemos com todo respeito



Para transformamos o desespero de mães, viúvas e órfãos

em gritos de paz.





Quando falarmos das guerras

não esqueçamos que o inimigo é a guerra



Os nossos únicos companheiros

são os povos.





Quando falarmos das guerras

falemos da igualdade entre os homens



Comecemos por apagar as fronteiras nacionais.





Quando falarmos das guerras

Lembremos que o inimigo alimenta os dois lados



É o capital.





Quando falarmos das guerras

Lembremos que só há uma trincheira legítima



A de nos negarmos a combater.





Quando falarmos das guerras

saquemos nossa melhor arma



A bandeira da paz e do socialismo.





Falar das guerras é o avesso

de falarmos da Revolução



Embora nossos companheiros e palavras-de-ordem

sejam sempre os mesmos

Um comentário:

Vendedor de Bananas disse...

essa poesia 'e sua? posso coloca-la no meu blog? (prometo que coloco os cr'editos)
Saudaçoes socialistas e pacifistas