terça-feira, 3 de junho de 2008

O Plano Colômbia: Uma face da fase superior do capitalismo


A convergência teórica entre Lênin e Kautsky: o imperialismo como uma tendência neo-colonialista para as anexações(particularidades teóricas para outro momento, sigo com as palavras), torna-se evidente a rapinagem imperialista dos Estados Unidos da América nas relações internacionais, a forte tendência em criar títeres locais que governam não a partir de interesses internos, mas a partir de decisões tomadas na Casa Branca é um fato. O Plano Colômbia segue a via de regra, um plano claramente militarista e hegemonista, o governo Pastrana e o governo Uribe demonstraram um nível vergonhoso de subserviência a interesses externos. Deixando as claras à linhagem da burguesia colombiana, a exemplo da América Latina, uma burguesia antinacional, antipopular e altamente antidemocrática com forte aspiração ao golpismo. Seguindo a risca o script da natureza de classe da burguesia sudaca, o núcleo dirigente colombiano demonstrou tranqüilidade e desejo aguçado de cooperar com o expansionista estrangeiro, usam a fantasia de cooperação internacional e, a possibilidade de superação do subdesenvolvimento seguindo o caminho indicado pelo primo rico do norte. Da mesma maneira que existe uma contradição inconciliável entre o Capital e o Trabalho, existe também a contradição entre nações centrais e periféricas, contradição derivada da forte tendência do expansionismo industrial e financeiro, produto da concorrência inter e intra-setorial, em escala planetária, seguindo a lógica do movimento do modo de produção capitalista.
Hoje, um dos pontos centrais no capitalismo contemporâneo é o debate em torno da matriz energética e do acesso à água. É sabido da guerra civil colombiana, uma das mais antigas do mundo, uma das democracias mais frágeis do cone sul das Américas, porta de entrada da região amazônica além de possuir reservas consideráveis de combustível fóssil.
Enfim, o Plano Colômbia é uma intervenção clássica da lógica imperialista, nação subordinada a interesses externos de uma nação dominante e, um conflito interno historicamente maculado pela da luta de classes, por interesses opostos de uma oligarquia assassina e vende pátria e por um povo pauperizado e famélico.

Um comentário:

Helena disse...

Nossa, 1a vez na vida que você fala sobre a Colômbia e eu concordo! Ótimo texto!
Bjos.